sábado, 8 de julho de 2017

Rússia e Estados Unidos poderão atuar como aliados, na Síria

Após anos de tensão decorrente do conflito na Síria, os governos da Rússia e dos Estados Unidos poderão atuar como aliados para o fim da guerra civil que envolve forças jihadistas e o governo de Bashar al-Assad - a possível aproximação estratégica entre os governos Trump e Putin para dar fim ao conflito mais sangrento desencadeado pela chamada "Primavera Árabe" foi noticiada ontem, dia 7, pelo veículo de comunicação norte-americano Breitbart.

Conforme a reportagem do site de notícias, "nesta sexta-feira, por ocasião do encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, o Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou que ambos os lados chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo na Síria. O Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, descreveu o encontro como 'a primeira indicação de um futuro trabalho em conjunto dos Estados Unidos e da Rússia na Síria'".

A guerra civil é protagonizada pelas forças leais a Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia, e pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Facções de oposição a Assad contam com apoio dos Estados Unidos - entre elas, estaria o grupo Exército Livre da Síria. A nova aproximação entre a Rússia e os Estados Unidos poderia exigir um compromisso entre parte dos rebeldes e o governo sírio para o fim dos combates, que já provocaram a morte de mais de 125.000 pessoas, incluindo crianças e idosos, possibilitaram a ascensão do ISIS - acusado de genocídio e tráfico de escravos - e levaram a região e a Europa à maior crise de refugiados por conflito armado das últimas décadas.

De acordo com o artigo do portal Breitbart, o cessar-fogo estabelecido por Trump e Putin deverá entrar em vigor neste domingo, dia 9. Todavia, ainda não é possível "determinar se o governo sírio, os rebeldes e os militantes salafistas estarão dispostos a honrar os termos do acordo. O histórico das tentativas de dar fim a esta guerra civil não é promissor". O veículo acrescenta que há um elemento positivo na situação presente - o regime de al-Assad já declarou que irá continuar um "cessar-fogo unilateral" até o dia em que terá início o tratado entre as potências.

O site também destaca que "o acordo marca uma mudança positiva nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia, após incidentes como o ataque americano com mísseis contra uma base aérea síria, em retaliação ao uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad e pela Federação Russa sobre forças rebeldes - o último uso da força pelos EUA levou a Rússia a indicar que poderia atacar aviões da coalizão liderada pela América, caso as aeronaves sobrevoassem espaço aéreo da Síria". Até o momento, Rússia e Estados Unidos têm enfrentado grupos jihadistas que atuam na região, mas sem qualquer parceria direta, e com aliados com objetivos antagônicos - os EUA insistiam na saída de Bashar al-Assad do poder, enquanto a Rússia argumentava pela manutenção do mesmo no comando da Síria ou por uma transição gradual para uma nova administração.

Leia mais sobre o acordo entre Estados Unidos e Rússia para o fim da guerra civil na Síria

Mais sobre o tema - comentário do veículo de comunicação InfoWars sobre a nova aproximação entre Estados Unidos e Rússia:



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