sexta-feira, 15 de abril de 2016

Irã articula fusão de grupos antissemitas na Palestina

Da esquerda para a direita: Ramadan Shalah, representante do 'Jihad Islâmica', com o ex-presidente iraniano Mahmoud
Ahmadinejad e Khaled Mashal, líder do Hamas. O Jihad Islâmica contou com apoio financeiro e militar do Irã.
Imagem: Agência de Notícias MEHR
O governo da República Islâmica do Irã está organizando a união de duas facções antissemitas rivais na Palestina - os grupos "Jihad Islâmica" e "Al Sabireen". O Estado teocrático foi o responsável pelo abastecimento com recursos bélicos e financeiros da organização neonazista Hezbollah, fundado em 1985, e que até hoje desempenha um papel significativo no Levante, e segue ideologia similar ao "Jihad Islâmica" e "Al Sabireen". A notícia sobre a ação do governo extremista para unificar as duas forças foi publicada hoje pelo site jornalístico norte-americano Breitbart.

Conforme o veículo de comunicação, "o Irã está se mobilizando para que os grupos paramilitares rivais se tornem um só - o objetivo é a promoção de uma agenda em comum e a expansão da vertente xiita do islamismo". O portal informa que as facções já formaram uma única organização, no passado, mas se dividiram após disputas internas.A reportagem do site acrescenta: "membros do movimento Al Sabireen se reuniram com representantes da organização extremista Jihad Islâmica no território da República Islâmica, para tentar negociar uma reunificação". O relato da aproximação entre as lideranças terroristas foi obtido através de uma fonte com acesso às atividades do "Al Sabireen" pelos repórteres Aaron Klein e Ali Waked, do Breitbart.

A fonte também alegou que "caso o acordo de reunificação venha a ocorrer, militantes do Al Sabireen irão ser reintegrados às fileiras do Jihad Islâmica como soldados, nas divisões paramilitares conhecidas como 'Brigadas Al Quds'. Uma vez que a decisão pela aliança estiver aplicada, a liderança do Jihad Islâmica irá anunciar que Hisham Salem, secretário-geral do Al Sabireen, recebeu um posto militar de alta importância nas 'brigadas'".

Ainda conforme a reportagem do Breitbart, "não está claro se os esforços da República Islâmica do Irã tiveram início como uma resposta aos movimentos da Arábia Saudita para ligar os países sunitas em uma 'coalizão anti-Irã'. Recentemente, o governo do Irã decidiu reduzir o financiamento às atividades do Jihad Islâmica para um nível substancialmente menor do que o oferecido no passado. O grupo teria então solicitado ao Irã uma reunião, com mediação da teocracia persa, com a facção Al Sabireen".

A fonte do portal Breitbart informou que "o movimento Al Sabireen está interessado na proposta de reunificação porque suas atividades estão sendo impedidas pelo grupo extremista salafista - associado à vertente sunita do Islam - Hamas [que possui grande força na Palestina]. No último mês, o Hamas fechou a iniciativa 'Fundo de Bem-Estar Social Khomeini', que, de acordo com os fundamentalistas sunitas, é empregado para 'financiamento de atividades políticas proibidas'". Dahoud Shihad, porta-voz do grupo Jihad Islâmica entrevistado pelo veículo de comunicação, afirmou que "nós receberemos bem qualquer iniciativa para unificar todos os grupos que fazem parte da resistência e, naturalmente, que fazem parte da guerra santa. Eu não posso fornecer dados específicos sobre nossas atuais negociações com o Al Sabireen".

O site jornalistico informa que o Jihad Islâmica começou a perder apoio do Irã após não se aliar aos movimentos anti-sunitas na guerra civil do Iêmen. Desde o distanciamento entre a milícia e a teocracia, o grupo Al Sabireen passou a receber mais financiamento e equipamentos de melhor qualidade, apesar das medidas repressivas impostas pelo Hamas. O Al Sabireen assumiu a responsabilidade por um atentado contra uma patrulha das Forças de Defesa de Israel, realizado em dezembro de 2015, na área de fronteira entre a Faixa de Gaza e o território israelense.

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