segunda-feira, 21 de março de 2016

Regime comunista de Raúl Castro fez 8.000 prisioneiros políticos apenas no último ano

Apesar das declarações do ditador Raúl Castro sobre a "inexistência de prisioneiros políticos em Cuba", a oposição ao governo do país caribenho denuncia a realização de mais de 8.000 prisões por motivação política, apenas no último ano, até mesmo durante o Dia Internacional dos Direitos Humanos, no qual integrantes da ONG "Damas de Branco" foram visadas pela polícia castrista. A denúncia sobre a condução de detenções contra opositores foi realizada hoje pelo portal de notícias norte-americano World Net Daily.
Raúl Castro: ditador comanda sistema que já enviou mais de
100 mil opositores às cadeias e ao sistema de campos de
concentração da "UMAP"
Imagem: Diário PB

De acordo com o WND, "mais de 100.000 cubanos já foram presos e submetidos a condições terríveis desde a fundação do regime comunista", no final da década de 1950. Muitos foram submetidos à pena de trabalhos forçados na rede de campos de concentração conhecida como "UMAP", equivalente ao sistema "Gulag" soviético, e "cerca de 20.000 prisioneiros foram executados", ainda segundo a reportagem do site jornalístico. Lee Edwards, integrante da organização "Memorial das Vítimas do Comunismo", afirmou que "no ano passado, ao menos 8.000 cubanos foram detidos por motivo de perseguição política. Apenas em janeiro deste ano [2016], 1474 pessoas tiveram de enfrentar o sistema penal cubano em decorrência de expressão de ideias contrárias ao sistema dos irmãos Castro".

A reportagem do WND foi publicada em resposta às afirmações realizadas por Raúl Castro durante a convenção que celebrou nova aproximação entre o governo democrata de Barack Obama e o regime comunista cubano - a atual administração dos Estados Unidos pretende facilitar investimentos realizados por cidadãos americanos no país caribenho, assim como as viagens de naturais dos EUA para a ilha. Quando questionado a respeito das razões para as prisões políticas e sobre o número de pessoas submetidas à detenção por motivo de dissidência ideológica, o ditador afirmou que "não há presos políticos em Cuba", e que "se houvesse, seria apenas necessário citar os nomes dos presos, e eles seriam libertados ainda hoje".

Conforme o World Net Daily, "o presidente Obama visitou Cuba com grande pompa e fanfarra nos últimos dois dias, mas seus críticos afirmam que os esforços diplomáticos para acabar com 60 anos de relações cortadas com o regime totalitário marxista apenas irão esconder a repressão brutal que os comunistas aplicam contra seus críticos. A visita serve apenas para recompensar os irmãos Castro por violarem sistematicamente todas as normas de direitos humanos, ao longo de toda a existência de sua ditadura".

A reportagem informa que, no domingo, "Obama visitou Havana, tornando-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar Cuba desde o ano de 1928. Na segunda-feira, o presidente americano causou controvérsia ao se colocar na 'Praça da Revolução', diante de um mural gigante do genocida Che Guevara" - o marxista argentino, nascido com o nome de Ernesto Guevara, era conhecido por seu preconceito contra negros, indígenas e homossexuais, e foi o chefe da policia política cubana - o "MININT", Ministério do Interior, organização que comandava os campos de concentração da UMAP e que coordena execuções de dissidentes, desde os anos da tomada de poder pelos comunistas. Lee Edwards, entrevistado pelo WND, relatou que "é fato notório que Che Guevara foi um assassino de sangue frio. Ele desempenhou o papel de 'assassino de aluguel' de Fidel Castro: qualquer opositor apontado pelo chefe do movimento comunista seria rapidamente executado por Che Guevara".

Edwards ainda critica a postura de "acomodação" adotada por Obama - contrária à aplicada por Ronald Reagan contra o totalitarismo soviético. Reagan, com a disputa direta contra a URSS nos campos econômico e militar (nos países-satélites do sistema socialista), conseguiu efetivamente levar ao colapso do regime marxista. Lee Edwards argumenta que "obviamente, Obama escolheu a 'acomodação', ao invés da pacificação alcançada através de uma disputa que derrotaria o regime, como foi feito de forma bem-sucedida por Reagan, o que levou ao fim da Guerra Fria e ao desmantelamento dos regimes estalinistas da Europa Oriental". Ele acrescenta: "com inimigos ideológicos como Castro, é imperativo ser rígido de forte, e conseguir resultados através da disputa".

Opositora do regime marxista presa pouco antes da chegada de Obama a Cuba: sistema comunista fez 8.000 prisioneiros,
apenas no ano passado. Pessoas foram detidas até mesmo durante o "Dia Internacional dos Direitos Humanos"
Imagem: Twitter / World Net Daily
Para o integrante da organização dedicada à memória das vítima do comunismo, o ato de Obama foi "aterrorizante" para os dissidentes cubanos: cerca de 50 opositores do sistema marxista foram presos em manifestação, apenas no dia de hoje. Edwards acredita que eles estejam "desencorajados" e "abalados" pela postura da administração democrata - ele afirma que a atitude do governo americano foi equivalente a favorecer o regime de Putin ao invés dos Estados democráticos da Europa Oriental que agora temem as ações da Rússia para subverter a soberania dos países vizinhos, como os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia, que sofreram deportações em massa e extermínios étnicos sob o sistema soviético) e a Polônia, que teve mais de 20.000 de seus cidadãos assassinados em apenas um dos massacres cometidos pelo regime marxista russo.

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